Manoel Veiga 2
Manoel Veiga nasce em agosto de 1966, em Recife, e cresce na praia de Boa Viagem. Filho mais velho de família pernambucana, desde a infância torna-se ávido leitor. O desenho também surge naturalmente e ocupa lugar importante no seu desenvolvimento assim como o interesse pela ciência e pela matemática que o leva a um contato precoce e intenso com a informática em seus primórdios.
As primeiras leituras sobre arte acontecem ainda na adolescência e embora a prática do desenho tenha cessado completamente aos 12 anos de idade (seria retomada só aos 28 anos), esse interesse intelectual pelo assunto permaneceu presente, levando o artista a visitar museus e galerias em todas as suas viagens.
Em 1985 inicia curso de engenharia eletrônica na Universidade Federal de Pernambuco, logo se tornando bolsista de iniciação científica no Departamento de Física, uma experiência que o marcaria profundamente. Nesse período começa a fotografar como hobby. Após receber o diploma, trabalha com automação industrial em fábrica da Rhodia, onde é treinado também em gerenciamento empresarial. Após 4 anos volta a desenhar, frequentando o ateliê do artista Renato Valle e começa a pintar. Meses depois abandona a engenharia.
Embora essencialmente autodidata em artes, passa por algumas importantes etapas de aprendizado, Conhece o artista Gil Vicente que passa a orientá-lo nessa nova formação. Durante curso realizado na Fundação Joaquim Nabuco em Recife, conhece o crítico de arte Agnaldo Farias que, anos depois, provocaria sua mudança para São Paulo, onde vive atualmente. Destaca-se também o período na Escola de Belas Artes de Paris em 1997 quando pôde frequentar livremente todos os museus da cidade.
Ao longo dos anos, o contato próximo com alguns artistas, como Eduardo Frota, Gil Vicente e Marcelo Silveira, e com alguns críticos de arte e curadores, como Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos, tem influenciado seu percurso. Veiga tem realizado exposições em galerias e instituições no Brasil e no exterior, assim como assistências de curadoria e trabalhos de pesquisa para instituições como a Bienal de São Paulo e o Instituto Tomie Ohtake.
Por: Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea