III Ciclo Expositivo 2024
Exhibition
- Nome: III Ciclo Expositivo 2024
- Abertura: 09 de novembro 2024
- Visitação: até 23 de fevereiro 2025
Local
- Local: Casa de Cultura do Parque
- Online Event: No
- Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 - Alto de Pinheiros, São Paulo
Transformação, história e arte contemporânea se encontram no último ciclo expositivo de 2024 da Casa de Cultura do Parque
Performances e roda de conversa acompanham as mostras de Rodrigo Sassi, Manuel Brandazza e a coletiva "Ainda viva"
A Casa de Cultura do Parque tem o prazer de apresentar, de 9 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025, seu III Ciclo Expositivo, o último do ano, com as exposições Ninho duro, de Rodrigo Sassi, Cae la noche tropical, de Manuel Brandazza e a coletiva Ainda viva, reunindo trabalhos de 19 artistas brasileiros e latino-americanos, com curadoria de Bruna Costa e Paula Borghi. As mostras têm direção artística de Claudio Cretti, idealização do Instituto de Cultura Contemporânea (ICCo) e sua realização conta com o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
A exposição coletiva Ainda viva, que ocupa a Galeria do Parque, propõe uma releitura da natureza-morta, gênero histórico da arte que remonta a Grécia Antiga e ao conceito de "vanitas". A expressão, que tem origem bíblica e significa "vaidade de vaidades", é atribuída a imagens que criticam a frivolidade humana, utilizando símbolos que representam a fragilidade da vida e que nos lembram que os bens materiais são insignificantes diante da morte.
"Se o valor simbólico das pinturas de natureza-morta está muito atrelado ao vanitas, seguindo a ideia de morte pela tradição judaico-cristãs que constitui a base do pensamento ocidental, na contramão é possível adentrar a recente História da Arte Contemporânea e perceber como este tema muitas vezes pode estar associado a outras leituras. É a isso que esta exposição se propõe", definem as curadoras.
Tomando estas referências histórico-artísticas, a mostra gira em torno do uso de frutas in natura na arte contemporânea, "pensando a fruta como símbolo fundamental da natureza humana, permeando diversos aspectos: alimentação, erotismo, vida-morte, entre outros", elas contam.
O ponto de partida curatorial é a obra de Estevão Silva, primeiro e único artista acadêmico brasileiro negro reconhecido em vida por sua produção pictórica de natureza-morta. "Conta-se que o artista colocava uma fruta atrás de suas telas para que o público pudesse sentir o cheiro de suas imagens. Verdade ou não, esta informação acrescenta na pintura outras camadas reflexivas, como um caráter instalativo, efêmero e de plena transformação da vida", refletem.
A partir da "provocação que os rumores sobre a obra de Estevão Silva nos desperta", a exposição apresenta trabalhos que contém frutas como matéria prima que se modificarão ao longo da exposição, acompanhando a passagem do tempo e a transformação da vida.
Dentre as frutas que compõem a mostra, destaca-se a melancia, símbolo da resistência palestina desde a proibição das cores de sua bandeira em 1980. Essa fruta será trocada periodicamente na entrada do espaço expositivo, como uma "alegoria da vida" e um manifesto em apoio ao povo palestino. A curadoria da exposição se posiciona abertamente em favor da causa.
Participam da exposição: Ana Linnemann (RJ) + Pat Kilgore (EUA), Bruno Faria (PE), Camila Moreira (MG), Carol Azevedo (PE), Darks Miranda (RJ), Ernesto Neto (RJ), Herbert De Paz (RJ), João Livra (SP), João Porto (RJ), Leandra Espírito Santo (RJ), Karlla Girotto (SP), Mônica Coster (SP), Nati Canto (SP), Nydia Negromonte (MG), Paulo Nazareth (MG), Xico Chaves (MG), Zé Carlos Garcia (SE) e Zé Tepedino (RJ).
Na instalação Ninho duro, realizada especialmente para o Gabinete da Casa de Cultura do Parque, o artista Rodrigo Sassi apresenta uma estrutura tridimensional que desafia o espaço arquitetônico e agrega uma nova camada de percepção ao explorar o contraste entre peso e leveza e sua edificação.
As janelas, tradicionalmente passagens para o exterior ou meramente fontes de luz, tornam-se portais para a interioridade, invertendo a função tradicional de conduzir o olhar para fora. Ninho duro convida o espectador a imergir nesse espaço e a ser habitado por ele, revelando uma "arquitetura do sensível".
Inspirada no modernismo brasileiro, a obra de Rodrigo Sassi explora a racionalidade e as formas geométricas, mas vai além ao investigar novas possibilidades de ornamento. Com uma estética que dialoga com a arquitetura e a construção civil, Sassi ressignifica fragmentos e ruínas urbanas, utilizando materiais como concreto, madeira e ferro. Seus trabalhos tridimensionais capturam o caos e a constante transformação das metrópoles.
Já o artista Manuel Brandazza exibe Cae la noche tropical no espaço 280x1020, na Casa de Cultura do Parque. Nela, o argentino utiliza cerca de 10 kg de barro, proveniente do Rio Paraná, e desenhos e peças de seda branca para criar um mural que retrata, desde o cotidiano até questões sociais como o narcotráfico, de Rosário, sua cidade natal. "A parede funcionará como uma espécie de rio que abriga diferentes histórias", explica Brandazza.
Ainda como parte da programação serão apresentadas as performances A primeira água, de Herbert De Paz, durante a abertura no dia 9 de novembro, às 16h30, e Sobre ela, de Carol Azevedo, no dia 7 de dezembro, às 17h. Neste último a Casa também promove uma roda de conversa com os artistas e curadores das exposições do III Ciclo Expositivo.
SOBRE RODRIGO SASSI
Graduado em Artes Plásticas pela FAAP - São Paulo (2006), Rodrigo Sassi (São Paulo, 1981) recebeu o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea - Brasília (2013) e realizou diversas residências artísticas como Campo - Garzón (2019); Sculpture Space - Nova York (2016); Cité Internationale des Arts - Paris (2014/2015); entre outras. Suas exposições individuais incluem: Rizoma, MAM - São Paulo (2024); Corpo do Pecado, da Redenção, da Salvação, Museu da Inconfidência - Ouro Preto (2022); Fora dos Planos, Museu Nacional da República - Brasília (2021); entre outras. Seu trabalho está presente em diversas coleções importantes como: MAR - Rio de Janeiro; MAB - São Paulo; FAMA - Itu; Museu Nacional da República - Brasília.
SOBRE MANUEL BRANDAZZA
Manuel Brandazza, nascido em Rosário, Argentina, em 1975, estudou design de moda e têxtil na Universidade de Buenos Aires e participou do Programa de Artes Visuais Rojas-UBA/Kuitca. Após trajetória em design e performance, expôs Muchacho del Paraná na galeria Jamaica, em 2021, obra premiada no Salão Nacional de Rosário. No mesmo ano, Río Paraná foi premiada no Salão Nacional do Museu Rosa Galisteo. Em 2022, realizou a individual PARAMPARA na galeria PASTO, com quem participou da ARCOmadrid em 2023. Sua obra Niño de Río integra a coleção do Museu de Arte Moderno de Buenos Aires. Recentemente, Niño soldadito foi incorporada ao MALBA. Atualmente, Brandazza prepara sua segunda individual na Galeria PASTO.
A CASA DE CULTURA DO PARQUE
A Casa de Cultura do Parque, localizada em frente ao Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, é um espaço plural que busca estimular reflexões sobre a agenda contemporânea, promovendo uma gama de atividades culturais e educativas que incluem exposições de arte, shows, palestras, cursos e oficinas. A Casa de Cultura do Parque tem como parceiro institucional o Instituto de Cultura Contemporânea – ICCo, uma OSCIP sem fins lucrativos. As duas iniciativas, de natureza socioeducativa, compartilham a mesma missão de ampliar a compreensão e a apreciação da arte e do conhecimento.
SERVICE
III Ciclo Expositivo 2024
Direção artística de Claudio Cretti
Ainda viva, com curadoria de Bruna Costa e Paula Borghi [na Galeria do Parque]
Ninho duro, de Rodrigo Sassi [no Gabinete]
Cae la noche tropical, de Manuel Brandazza [no 280x1020]
Abertura: 9 de novembro de 2024, sábado, das 14h às 18h
Visitação: 9 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025
Quarta a domingo, das 11h às 18h
Performances
A primeira água, de Herbert De Paz
9 de novembro de 2024, sábado, às 16h30
Sobre ela, de Carol Azevedo
7 de dezembro de 2024, sábado, às 17h
Na Roda - Conversa com os artistas e curadores
7 de dezembro de 2024, sábado, às 15h30
Casa de Cultura do Parque
Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 - Alto de Pinheiros, São Paulo - SP, 05461-010
11 3811 9264
ccparque.com.br
Todos os eventos são gratuitos, abertos a todos os públicos interessados e estão sujeitos à lotação do espaço.
Informações para a Imprensa
thais@ccparque.com.br