James Rowland
James Rowland,
nasceu na Austrália, mudou-se para a Escócia ainda criança e, atualmente, mora
em Paraty, RJ. É formado em Geofísica pela Universidade de Edimburgo, Reino
Unido, com um curso de designer-maker em marcenaria, pela escola britânica
Waters & Acland.
Sua relação com
arte inicia-se no momento que, com vontade de criar e moldar, explora a criação
‘sem finalidade’, deixando-se ser guiado pela madeira bruta, onde encontra
liberdade na busca por formas sem a finalidade da movelaria com a qual
trabalhava.
James retrata em
suas obras a sua percepção sobre os rastros da ação do tempo na natureza e a
ancestralidade da relação humana com ela, em outras palavras, como a nossa
relação com ela mudou ao longo do tempo. Esses dois pontos focais de sua
pesquisa têm origem em sua infância na Escócia, impactado pelas estações
demarcadas do bioma e pelo mistério dos círculos de pedras neolíticas do país.
A relação de tempo
e ciclos naturais aparece nas formas biomórficas esculpidas na madeira,
buscando transmitir a beleza natural dessas passagens, como cicatrizes cavadas
na paisagem, através de textura e de relevos, buscando capturar nelas a imagem
das fissuras naturais e vazios, em uma ode à máxima de que “nada resiste à
passagem do tempo".
Outro tema
recorrente em seu trabalho, é a influência da nossa relação com a natureza
sobre nossas crenças e folclores, advindos de um tempo em que essa interação
era muito mais abundante do que é hoje, uma escassez que nos molda e leva ao
nosso estágio atual.
A escolha da
madeira utilizada no trabalho é intuitiva e varia de obra à obra, desde um
planejamento específico que, para o artista, demanda certa cor e textura, ou do
impulso de criar algo com restos, buscando entre os metais e a cor de cada tipo
de madeira uma maneira de realçar sua beleza e forma.
Impactado na
adolescência pelas curvas e formas orgânicas inspiradas na natureza de Antoni
Gaudí, James Rowland traz um repertório escultórico e arquitetônico de
referências, buscando a relação pura entre natureza e arte de Andy Goldsworthy,
e a presença impossível de ignorar de Anish Kapoor.
James Rowland já
participou de exposições individuais e coletivas, além de prêmios e indicações
à premiações com suas obras.
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